O ChatGPT vai roubar meu emprego? Veja as oportunidades que a ferramenta traz – Valor Investe

O ChatGPT vai roubar meu emprego? Veja as oportunidades que a ferramenta traz – Valor Investe

Por Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo

O surgimento do ChatGPT e de outras inteligências artificiais parecidas vem levantando muitas questões nas últimas semanas, especialmente sobre o mercado de trabalho. Para quem não sabe, essas ferramentas funcionam como um robô de bate-papo (também chamados de chatbot) que têm a capacidade não só de responder perguntas como também de elaborar textos, fazer cálculos e até escrever algoritmos em linguagem de programação. Com isso, profissionais começaram a questionar a possibilidade de serem substituídos por essas inteligências artificiais. Por outro lado, há quem veja nelas oportunidades.
Para entender como se aproveitar melhor dessas ferramentas e até se reinventar a partir delas, primeiro é preciso entender como elas funcionam. O ChatGPT, por exemplo, foi criado pela startup americana OpenAI e ficou disponível para o público geral em novembro do ano passado. Ele funciona com base em uma espécie de "banco de dados" gigantesco (o "Generate Pre-trained Transformer", também chamado de GPT-3).
Esse "cérebro" do robô é abastecido não só com informações, mas também com cálculos matemáticos e padrões de texto, que são o que garante que ele responda perguntas e monte textos de forma coesa e natural, como um humano escreveria. Em janeiro, o ChatGPT já chegou a marca de 100 milhões de usuários ativos, segundo o Similarweb. Seu "concorrente" do Google, o Bard, será lançado em breve e a ideia é incoroporar a inteligência artifical no buscador.
A grande "virada de chave" que esses produtos trazem é justamente a versatilidade de seu uso, que não fica limitado a uma função específica. Isso faz com que eles se apresentem como uma ferramenta capaz de fazer o que pessoas qualificadas fazem, conforme afirma Marina Feferbaum, coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação de Direito da Fundação Getulio Vargas (CEPI FGV Direito SP).
"O que é muito importante da gente distinguir é que o ChatGPT é uma inteligência artificial (IA) genérica, que se presta a muitas coisas, diferente de outras específicas, como aquelas criadas para jogar xadrez, identificar rostos e etc", diz Marina Feferbaum. Segundo a pesquisadora, essas novas ferramentas desempenham funções mais versáteis e não só tarefas repetitivas. Para ela, no entanto, isso é algo positivo para os profissionais. "Ela libera essa mão de obra que estaria fazendo essas tarefas para fazer coisas mais complexas e ter um ganho de escala muito grande", afirma.
De acordo com Marina, ferramentas como o ChatGPT podem automatizar, por exemplo, serviços de atendimento e apoio ao cliente, de escrita de texto para veículos de mídia, de orientações médicas em chats, de criação de roteiro de viagens, de reservas de hotéis e até mesmo de recrutamento de profissionais. Para isso, basta "ensinar" a ferramenta a filtrar determinadas informações e cruzá-las com outros dados. E é justamente aí que entram as oportunidades.
Esse ganho de escala também é citado por Junior Borneli, fundador da StartSe, como uma das principais vantagens dessa nova "revolução tecnológica". Segundo o especialista, mudanças assim aconteceram ao longo de toda a história da humanidade e agora tendem a ser cada vez mais rápidas.

"Esse movimento de aparecer coisa nova e tirar emprego das pessoas acontece desde a revolução industrial. Lá atrás, as máquinas fizeram isso om o trabalho manual. Quem fazia uma panela, passou a fazer 50 de uma vez. Agora, a inteligência artifical potencializa nossos cérebros", afirma.

E o meu trabalho? Como fica?

Baseado nessa lógica de otimização de tarefas, os especialistas afirmam que muitas das oportunidades vindas com o ChatGPT são baseadas no aumento da produtividade. Segundo Borneli, da StartSe, um mesmo profissional que presta serviços a um cliente pode, com o ChatGPT, atender cinco.
O especialista dá o exemplo de um gestor de redes sociais. Esse profissional precisa conversar com seus clientes para entender não só o conteúdo que irá escrever nos textos como também o formato e a linguagem a ser usada. Com o ChatGPT ele consegue fazer isso de forma mais rápida, não só porque a ferramenta escreve o texto para o usuário, como também porque ela vai, aos poucos, aprendendo qual é o tipo de linguagem usada por ele.

"Nas primeiras vezes que você usa, não parece você escrevendo. Mas, com o tempo, a ferramenta vai aprendendo o seu jeito e, na vigésima vez, ela já te entrega um texto que realmente parece que foi você que o escreveu", afirma o especialista.

Isso permite, por exemplo, que o gestor de mídias sociais produza textos para as redes de quem ele atende em muito menos tempo. Com isso, sobra tempo para ele criar mais postagens e até mesmo para atender outros clientes.
"A questão aqui não é que o cliente vai aprender a fazer os textos por meio do ChatGPT, porque muitas vezes ele não tem nem tempo para isso. É o gestor das redes sociais vai otimizar seu processo de criação", diz.
O mesmo deve acontecer com muitos outros profissionais, inclusive os desenvolvedores. "A empresa tem um cara que gasta dez horas para fazer uma página. Com o ChatGPT, ele pode pedir para a ferramenta criar aquela mesma página com aquelas características e todo o trabalho será feito em duas horas, por exemplo", afirma.

A própria StartSe oferece em seu aplicativo um pacote de ferramentas de inteligência artificial que usa a mesma base do ChatGPT. São soluções para desenvolver textos de copywriting, descrições de vagas de emprego, listas de tendências, planos de marketing e estratégias para os negócios. Todas as ferramentas podem ser usadas gratuitamente.

A diferença dessas ferramentas para o ChatGPT convencional é que elas são "treinadas" com entradas de aprendizado de máquina especialmente para aquela função que oferecem. Assim, as respostas são mais precisas e alinhadas com o mercado.
Para Marina, da FGV, nesse momento "híbrido" em que as máquinas trabalham junto aos seres humanos, muitos profissionais se tornarão "editores" desses serviços. Ou seja: eles serão os responsáveis por abastecer e filtrar as informações daqueles robôs.

"Surge a figura que dentro das profissões vira um revisor para essas respostas do ChatGPT. Porque agora, falta acurácia e precisão, então precisa do humano para fazer isso. Em resumo, é o refinamento de um trabalho bruto que a ferramenta traz", afirma. Uma parte importante desse trabalho, segundo Marina, é a avaliação ética das respostas que são dadas por esses robôs, coisa que só os humanos podem fazer. Uma espécie de curadoria do conteúdo produzido pela máquina.

Para Heliezer Viana, sócio da Mazars especialista em cibersegurança e transformação digital, existem "muitas possibilidades a serem exploradas a partir da ferramenta", que vão desde a revisão de conteúdos dessas plataformas até desenvolvedores voltados para integrar os serviços delas em outras ferramentas. Além disso, as empresas também devem precisar de profissionais especializados em inovação que atuarão buscando processos em que plataformas como o ChatGPT possam ser utilizados.
"Acredito que uma grande oportunidade que o ChatGPT trará é a de expandir os negócios quanto à geração de conteúdo. Com o uso dessa tecnologia, provavelmente o número de agências, profissionais de editoriais, redatores, aumentarão", afirma.
Seja como for, os especialistas destacam que tentar "fugir" ou ignorar os impactos trazidos por esses modelos é em vão. A melhor estratégia, agora, é tentar aproveitar as oportunidades que essas ferramentas e outros avanços tecnológicos oferecem.
"Nesse novo momento, todo profissional que sabe lidar com tecnologia vai ter muito espaço no futuro. Aprender programação vai continuar sendo interessante. E profissões ligadas ao cuidado humano serão cada vez mais necessárias. As tarefas legitimamente humanas serão ainda mais exigidas e valorizadas no futuro e as repetitivas serão delegadas a máquinas", afirma Borneli.
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